domingo, 6 de maio de 2007

Campanha publicitária do Verão de 2006


Identificar os métodos usados pelos bombeiros no combate aos incêndios



Existem vários métodos de combate aos incêndios conforme o tipo de material em que estes estiverem a deflagrar. Os incêndios estão classificados por classes e conforme o material onde deflagram são colados na classe a que correspondem. Existem 4 tipos de classes:

Fogos de classe A - Fogos de Sólidos (ou Fogos Secos)
Fogos que resultam da combustão de materiais sólidos, geralmente à base de celulose, dos quais resultam normalmente as brasas.
Combustíveis: Madeira, Papel, Tecidos, Carvão, etc.

Fogos de classe B - Fogos de Líquidos (ou Fogos Gordos)
Fogos que resultam da combustão de líquidos ou de sólidos liquidificáveis.
Combustíveis: Álcool, Acetona, Éter, Gasolina, Verniz, Cera, Óleo, Plástico, etc.

Fogos de classe C- Fogos de Gases
Fogos que resultam da combustão de gases.
Combustíveis: Hidrogénio, Butano, Propano, Acetileno, etc.

Fogos de classe D - Fogos de Metais (ou Fogos Especiais)
Fogos que resultam da combustão de metais.
Combustíveis: Metais em pó (alumínio, cálcio, titânio), Sódio, Potássio, Magnésio, Urânio, etc.

Cada agente extintor está adaptado a um ou mais tipos de fogos nos diversos materiais e cada um destes agentes pode trazer vantagens e desvantagens da sua utilização o que se irá referir a seguir são os tipos de métodos que podem ser utilizados em cada tipo de incêndio:

Água
(Em jacto ou pulverizada)
- Classe de Fogos:
A

Vantagens:
· Deve ser usado sempre que não haja contra-indicações (de preferência deve ser pulverizada);
· Bom poder de penetração;

Desvantagens:
· Os líquidos em chamas flutuam na água, fazendo alastrar o incêndio, e projectam-se perigosamente pela acção do vapor de água formado;
· Não é adequada para fogos eléctricos;

Neve carbónica
(Extintor com dióxido de carbono sob pressão que solidifica quando se expande bruscamente)
- Classes de Fogos: B e C

Vantagens:
· Não deixa resíduos o que o torna mais adequado para equipamento sensível;
· O mais adequado para líquidos extremamente inflamáveis;

Desvantagens:
· Atinge temperaturas da ordem dos - 80ºC por isso não se deve tocar no difusor (campânula do tubo de descarga);
· Em incêndios da classe A controla apenas pequenas superfícies;
· Tem um recuo acentuado devido à alta pressão do gás;
· Contra-indicado para locais onde existam produtos explosivos;

Espuma física
(Produzida a partir de uma mistura de água e substâncias tensioactivos por injecção mecânica de ar)
- Classes de Fogos: A e B

Vantagens:
· Muito bom para líquidos extremamente inflamáveis;
· Pode ser utilizada em situações de incêndio iminente com acção preventiva;

Desvantagens:
· Deixa resíduos húmidos;
· Não adequado para fogos eléctricos:
· Requer uma instalação fixa;

Espuma Química
(Extintor em que ocorre uma reacção que liberta o gás dióxido de carbono que fica disperso num líquido formando espuma)
- Classes de Fogos: A e B

Vantagens:
· Muito bom para líquidos extremamente inflamáveis;
· Cobertura de espuma evita reacendimentos;

Desvantagens:
· Deixa resíduo húmido;
· Não é adequado para fogos eléctricos;

Pó normal
(Extintor bicarbonato de sódio ou de potássio)
- Classes de Fogos: B e C

Vantagens:
· Forma uma nuvem de poeira que protege o operador;
· Não é tóxico;

Desvantagens:
· Deixa um resíduo difícil de limpar;
· Pode danificar o equipamento;
· Nuvem de pó diminui a visibilidade;

Pó polivalente
(Extintor em que o pó é dihidrogenofosfato de amónico)
- Classes de Fogos: A, B e C

Vantagens:
· Forma uma nuvem de poeira que protege o operador;
· Dá para três classes de fogos;

-Desvantagens:
· Deixa um resíduo difícil de limpar;
· Pode danificar o equipamento;
· Toxicidade apesar de Baixa;
· Nuvem de pó diminui a visibilidade;

Halons
(Extintor com hidrocarbonetos halogenados (gases) que solidificam quando se expandem bruscamente)
- Classes de Fogos: A, B e C

Vantagens:

· Não deixa resíduos o que o torna mais adequado para equipamento sensível;
· Dá para três classes de fogos;

Desvantagens:
· Utiliza gases que destoem a camada de ozono;
· As altas temperaturas podem dar lugar à formação de substâncias tóxicas;

Areia
- Classes de Fogos: A e D

Vantagens:
· Por vezes é o único meio de extinção disponível para incêndios da classe D;

Desvantagens:
· Manipulação pouco prática;
· Pode danificar o equipamento;

Os incêndios florestais encontram-se dentro os fogos de classe A, então, todos os métodos que incluam esta classe podem ser utilizados para extinguir este tipo de fogos. Outras acções que se podem ser tomadas para evitar a perda de bens são: a salvaguarda de produtos de inflamáveis e a irrigação de bens como por exemplo as habitações. A sua irrigação dificulta a deflagração do incêndio por esta.

Importância dos bombeiros no combate aos incêndios

As florestas ocupam cerca de 30% da superfície terrestre e estas são muito importantes, pois realizam a fotossíntese: em que se produz oxigénio e se consome dióxido de carbono.
As árvores são indispensáveis pois a partir delas obtém-se o alimento, o papel, a cortiça, a resina, a madeira, etc.
Com o aumento da poluição e consequentemente do buraco da camada de ozono e com o aumento do aquecimento global, a população fica cada vez mais sensibilizada com os cuidados a ter com a floresta.

Hoje em dia já se vêem mais regularmente pessoas a tomar medidas como:
· Apagar bem os cigarros;
· Ter mais cuidado com as queimadas;
· Fazer as limpezas dos seus terrenos;
· Evitar ter árvores ao pé das suas casas, entre outros;

Apesar de a população estar cada vez mais sensibilizada, os bombeiros continuam a ter um papel fundamental tanto na manutenção das florestas como no combate aos incêndios. Através do seu trabalho estes conseguem salvar milhares e milhares de hectares de florestas, assim como, salvam os bens matérias, para não falar das vidas humanas.
Os bombeiros realizam um controlo mínimo das florestas evitando assim que muitos incêndios deflagrem, mas estão constantemente na luta por melhores condições de trabalho que não lhes são proporcionadas como deviam, são feitas de maneira muito lenta o que dificulta o seu trabalho sendo estes muitas vezes responsabilizados pela destruição das nossas florestas sem culpa absolutamente nenhuma, pois muitas pessoas bastante cruéis, pelo facto de serem os seus bens em risco, culpabilizam-nos por aquilo que estão em risco de perder.

sábado, 14 de abril de 2007

Aumento das Coimas para quem não cumpre as obrigações na floresta

Numa entrevista, ao Diário de Noticias, o ministro da Agricultura disse que a limpeza coerciva das matas será sempre "o último recurso", mas garantiu que o Estado ir-se-à substituir aos proprietários que não limparem os seus terrenos e exigir-lhes o pagamento dessas acções. As coimas, para quem não cumprir as obrigações na floresta, serão agravadas em 40%, podendo atingir os 60 mil euros e dirigem-se a todos cidadãos, associações, autarquias e entidades públicas.

A ausência de limpeza de matas, a realização de queimadas ou fogueiras e o lançamento de foguetes serão punidos com multas mais pesadas e sujeitos a uma fiscalização mais apertada. As pessoas, que percorrerem zonas florestais consideradas críticas, durante dias de risco máximo de incêndio, também serão punidas.
Estas multas podem ainda ser acrescidas de sanções acessórias, como a privação do direito a subsídio ou a suspensão de autorizações, licenças ou alvarás.
Segundo a proposta do Governo, as próprias câmaras também serão multadas se não puserem em prática os planos municipais para defender a floresta dos incêndios, documentos que têm de ser apresentados até ao fim do ano.
Estes planos devem incluir:
Acções de prevenção;
Localização de zonas de risco a nível local;
Calendarização para a limpeza das zonas florestais.

A medida suscitou a preocupação dos representantes dos autarcas, pois os planos municipais têm de acolher as orientações dos planos mais abrangentes (nacionais, regionais e de zonas de risco) que ainda não estão elaborados.

A importância das florestas enquanto consumidores de CO2


O processo da fotossíntese é duplamente importante pois durante este, não só se liberta oxigénio, gás indispensável à nossa sobrevivência, como também se consome dióxido de carbono existente na atmosfera, o que acaba por ser proveitoso dado que este contribui para o aumento do efeito de estufa natural do planeta.
A questão do aquecimento global e consequentemente do aumento do efeito de estufa tem preocupado a comunidade científica, os governos e a opinião pública mundial, de tal forma que foram feitos estudos de grande interesse para um melhor conhecimento do ciclo global do carbono, que consiste na transferência deste elemento (via queima, respiração, reacções químicas) para a atmosfera ou para o mar e na sua reintegração na matéria orgânica via assimilação fotossintética.
Estes estudos demonstram que o oceano, a vegetação e o solo são importantes reservatórios que trocam activamente carbono com a atmosfera. A concentração de carbono na atmosfera é a menor de todas pois, o oceano contém 50 vezes mais carbono do que a atmosfera e a vegetação e o solo cerca de 3 vezes e meia mais. De notar que o oceano tem baixa capacidade de consumir porque a molécula de CO2 não se dissolve facilmente na água e grande parte dos oceanos tem uma baixa produtividade de matéria orgânica (isto é, as algas, são poucas e com uma capacidade fotossintética reduzida devido à falta de nutrientes e à fraca penetração da luz). Por outro lado, a fotossíntese que ocorre nas plantas terrestres é responsável pela retenção de mais de dois quintos de todo o carbono existente nos ecossistemas terrestres. Assim, é evidente que ecossistemas com grande biomassa e com o solo pouco perturbado, como as florestas, retêm o carbono numa escala temporal muito maior, na ordem de décadas e séculos.
Esta capacidade de retenção e armazenamento do carbono pelas florestas a longo prazo, é de tal forma relevante no debate no ciclo global do carbono e nos impactes das alterações climáticas, que está previsto no Protocolo de Quioto. Contudo para absorver o dióxido de carbono (CO2) que emitimos para a atmosfera, e que é um dos gases responsáveis pelo Efeito de Estufa, teríamos que plantar uma média de 1000 árvores por pessoa a cada ano. Caso estas novas florestas fossem cortadas ou queimadas, o CO2 removido seria novamente emitido para a atmosfera, acelerando o aquecimento global do planeta.

domingo, 4 de março de 2007

Madeira nacional só cobre metade da procura das celuloses

Devido aos incêndios, também se dão problemas a nível económico e não só a nível ambiental. Por exemplo, o aumento dos incêndios estão a obrigar as empresas nacionais a recorrerem à importação de madeira, devido ao défice de matéria-prima.

Numa carta enviada ao ministro da Agricultura, a Portucel anunciou, que nos últimos anos o volume total existente nas florestas portuguesas decresceu 5.4 milhões de metros cúbicos: “quer sobretudo por efeito dos fogos florestais, quer pelo desenvolvimento da fileira florestal industrial, a qual sem actualizações do inventário florestal, foi expandindo a sua capacidade”.

Em dez anos, arderam 119 mil hectares de eucalipto. Mesmo que os povoamentos não desapareçam, as chamas interromperam o ciclo produtivo e se o proprietário não iniciar o ciclo novamente – o que implica corte e nova plantação sem que tenha havido retorno financeiro – a floresta perde produtividade.

Actualmente as indústrias de pasta e papel necessitam de 7.5 milhões de metros cúbicos de material sem casca. Num futuro próximo – tanto a Portucel Soporcel como a Altri já anunciaram investimentos que permitem aumentar a sua capacidade de produção de pasta celulósica –, serão necessários mais de 1.1 milhões de metros cúbicos.

Tendo em conta que apenas cerca de 15% do volume total em pé deve ser extraído anualmente, conclui-se que a oferta interna anual de eucalipto andará por volta dos 3.9 milhões de metros cúbicos sem casca. Caso se decida por uma exploração insustentável da floresta existe uma penalização pela parte dos consumidores no mercado europeu. Assim, resta a importação.

A Portucel está a pagar 90€ por metro cúbico de madeira do Uruguai, enquanto nos produtos nacionais o preço oscila entre 42 e 44€. Com a agravante que a fibra nacional permite uma melhor qualidade no produto final.

Na carta enviada ao ministro, ainda é criticada a descriminação negativa do eucalipto no Plano de Desenvolvimento Rural. E defende a utilização de solos agrícolas mais férteis para o cultivo desta espécie. O que está em causa, segundo a Portucel é “o actual quadro de desenvolvimento da fileira florestal do eucalipto em Portugal e o futuro de um sector estruturante da economia do país”.


Informação retirada:
Público Economia
Sexta-feira, 2 Fevereiro 2007
Artigo: “Madeira nacional só cobre metade da procura das celuloses”

Introdução


Em Área de Projecto foi nos proposto fazer um trabalho na temática das ciências. Nos dias de hoje, o nosso mundo vive tempos controversos onde o meio ambiente é constantemente posto em risco, seja por poluição, incêndios, ou qualquer outra forma de intervenção humana.
Após uma pesquisa contínua, que ainda perdura, chegamos à conclusão que nos concentraríamos nos incêndios florestais, sendo este um tema com bastante matéria para ser explorada. Assim, acabamos por dividir o trabalho por tópicos:

Identificar a importância das florestas e da sua manutenção
Identificar quais os impactes dos incêndios florestais no ambiente
Identificar a importância dos bombeiros no combate aos incêndios
Identificar quais os métodos utilizados pelos bombeiros
Explicar cientificamente o sucesso destes métodos
Identificar os impactes socio-económicos dos incêndios
Identificar as formas de melhorar a prevenção dos incêndios

Neste blog vamos expor tudo o que fomos aprendendo e recolhendo sobre os diferentes tópicos e fazer um apanhado do nosso trabalho ao longo do ano.